ACIDENTES COM ANIMAIS AQUATICOS EM PESCADORES ARTESANAIS EM UM MUNICÍPIO DA COSTA AMAZÔNICA: DO LEVANTAMENTO AO TRATAMENTO


Autor:

PATRÍCIA FERNANDES DA SILVA

 

 

Orientador:

JOSÉ EDUARDO MARTINELLI FILHO

 

 

 

Palavras Chaves:

Animais Marinhos Venenosos

Pesca

Trauma

Nordeste Paraense

Amazônia

 

 

Linha de Pesquisa:

Não Informada

 

Projeto Estruturante:

Não Informado

 

 

Instituição:

PROFCIAMB UFPA

 

Ano: 2019

Resumo:

 

Acidentes com animais aquáticos podem ocorrer sempre que o homem invade o ambiente do animal ou o manuseia sem os devidos cuidados. Diversos trabalhos têm relatado cnidários, arraias, bagres, peixes-sapo e outros, como perigosos ao homem, ainda assim, em comunicações esparsas e pouco conclusivas para a região Norte do Brasil. Devido a importância da pesca no estado do Pará, a frequência de acidentes é provavelmente alta, embora os casos não sejam devidamente registrados. A pesca artesanal desempenha importante papel econômico e social em muitos municípios do Pará e agrega um grande contingente de trabalhadores. Pescadores artesanais, portanto, estão associados a risco de acidentes com animais aquáticos. O presente estudo analisa a frequência e a variabilidade da ocorrência de acidentes envolvendo animais aquáticos em pescadores artesanais em relação a diferentes artes de pesca e explora o conhecimento tradicional desta comunidade sobre os animais causadores, métodos de tratamento e prevenção de tais acidentes. A coleta de dados se deu no município de São Caetano de Odivelas/PA, região onde as comunidades tradicionais têm como principal fonte de renda a pesca artesanal. Foram realizadas 154 entrevistas com pescadores artesanais, coletando informações socioeconômicas e sobre os acidentes sofridos com animais aquáticos durante o ofício da pesca. As ocorrências foram frequentes em 98,7% dos entrevistados e associados a atividades ordinárias do ofício da pesca. Arraias, piabas, bagres, niquins e uricecas foram os animais que mais causaram acidentes (81,6%) independente das artes de pesca: rede, anzol e curral. A procura por atendimento médico, em função desse tipo de ocorrência não é frequente (26,3%) e os procedimentos recomendados pela literatura científica para elas não são adotados. Quanto menor a escolaridade, maior a quantidade de acidentes sofridos pelos pescadores (p <0,001). Para atingir os pescadores artesanais, foi desenvolvido, como produto didático, um material impresso de sete páginas, que traz de forma simples e clara, informações que buscam auxiliar na prevenção, tratamento e formas corretas de procedimentos pós-acidentes após um acidente com um animal aquático. Tais informações foram inseridas em um calendário anual, como forma de torna-lo mais atrativo ao público que se pretende alcançar.

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