Autor: CAMILA SILVA RAMOS
Orientador: SINDIANY SUELEN CADUDA DOS SANTOS
Coorientador: MARIA DO SOCORRO FERREIRA DA SILVA
Palavras Chaves: Educação Ambiental crítica Conservação do Manguezal Metodologias Ativas Protagonismo dos estudantes
Linha de Pesquisa: Recursos Naturais e Tecnologia
Projeto Estruturante: Não informado
Instituição: PROFCIAMB UFS
Ano: 2022 |
Resumo:
Os manguezais são essenciais para existência de vida e constituem ambientes que apresentam diversos Serviços Ecossistêmicos (SEs). A escola, por sua vez, atua como um espaço potencial para a construção de conhecimentos socioambientais e formação de sujeitos ecológicos capazes de defender a existência do ecossistema e dos povos que dependem dos manguezais. Para tanto, é basilar pensar em processos de ensino e aprendizagem ativos. O problema central desta pesquisa gira em torno dos problemassocioambientais sobre os SEs ofertados pelos manguezais do município de Estância, em Sergipe, e a inexistência de um trabalho de Educação Ambiental crítica da escola com a comunidade, em favor da conservação dos SEs dos manguezais. O objetivo desta pesquisa consiste em analisar o desenvolvimento da metodologia ativa Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP) para conservação dos SEs dos manguezais, junto ao Instituto Diocesano da Estância, situado município de Estância. Para desenvolver a dissertação foi utilizado o método de abordagem hipotético-dedutivo. Os procedimentos da pesquisa foram desenvolvidos a partir das etapas: reconhecimento da área de pesquisa; apresentação da proposta de projeto à equipe de gestores e de professores da escola; apresentação, discussão e execução das etapas da metodologia ativa de ABP, junto aos estudantes; e a construção do e-book sobre uso da ABP nas Ciências Ambientais. A técnica de coleta de dados utilizada foi a observação sistemática. Os dados foram coletados por meio das atividades teórico-práticas executadas em cada etapa da ABP. Os dados foram organizados, sistematizados e categorizados com base na análise de conteúdo de Bardin (1977). O plano de execução da ABP ocorreu a partir de dez encontros: apresentação do projeto para os discentes; conceituação dos serviços ecossistêmicos e impactos socioambientais; apresentação da atividade; aprendizagem expedicionária; debate sobre os artefatos e apresentação de propostas de artefatos por grupos; documentário “No rio, no mar”; novo debate sobre os artefatos; construção e finalização de artefatos; publicação de projetos e artefatos; feedback das publicações com os estudantes do Instituto Diocesano da Estância que resultou na ampliação do olhar crítico. Os resultados revelaram a identificação dos SEs ofertados pelos manguezais do litoral sul de Sergipe, bem como os principais tensores antropogênicos e impactos socioambientais que afetam os manguezais da localidade. A pesquisa fomentou o protagonismo para a formação de sujeitos ecopolíticos para conservação dos SEs dos manguezais na busca pela transformação de sua realidade com produção de artefatos. Por fim, a elaboração de um ebook para que outras escolas, professores e gestores tenham acesso à produção e possam refletir sobre a Educação Ambiental crítica com uso das metodologias ativas. Ao concluir a pesquisa, foi possível compreender a necessidade de um processo contínuo de práticas de EA crítica para formação de sujeitos ecopolíticos e a importância do processo de aprendizagem com uso de metodologias ativas. |
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