DESENHO UNIVERSAL PARA APRENDIZAGEM NO ENSINO DAS CIÊNCIAS AMBIENTAIS: UM OLHAR A PARTIR DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA E SEM DEFICIÊNCIA


 

Autor:

DYEGO ANDERSON SILVA PEREIRA

 

 

Orientador:

ANÉZIA MARIA FONSÊCA BARBOSA

 

 

Palavras Chaves:

Pessoas com deficiência

Desenho Universal para Aprendizagem

Jogos didáticos

 

Linha de Pesquisa:

Ambiente e Sociedade

 

Projeto Estruturante:

Não informada

 

Instituição:

PROFCIAMB UFS

 

Ano: 2019

Resumo:

 

A Educação Especial, o Atendimento Educacional Especializado ou a Educação Inclusiva fazem parte de um cenário educacional complexo. Esse espaço teórico e discursivo explora diversos elementos da educação voltada às pessoas com deficiência (PCD). O processo de integração (1970-1990) tem sido substituído pelo processo de inclusão (1990-2000) e hoje tem se pensado em propostas de universalização do acesso por meio, por exemplo, da aplicação do Desenho Universal para Aprendizagem (DUA) em ambientes de aprendizagem. Essa metodologia inovadora, diferenciada e interdisciplinar mostra-se como uma proposta educativa para pessoas com deficiência e para o ensino das Ciências Ambientais. O presente trabalho objetiva aplicar um jogo didático com as características do DUA ao passo que avalia a política de educação inclusiva do Colégio de Aplicação da UFSC (CA/UFSC), além de inserir o debate sobre o Desenho Universal (DU) e DUA nesse ambiente. O uso de jogos, brincadeiras e elementos lúdicos, nas escolas, é indicado como solução prática-teórica bastante diversa e atraente para o educando e para o educador ao permitir que os alunos participem, interajam, se aproximem e compartilhem espaços físicos e de conhecimento. O processo de inclusão dos alunos com deficiência conforme preconiza a legislação, preferencialmente na rede regular de ensino, tem nos jogos didáticos um instrumento potencial de efetiva aplicação da amplitude que assevera o conceito de inclusão. Parte-se da problemática de como se dá a relação entre esses dois públicos, pessoas com e sem deficiência, e sobretudo se um jogo didático pode alterar as relações construídas entre esses públicos. Para a avaliação desse cenário são usados modelos estatísticos e científicos que demonstram finalidade com o método hipotético-dedutivo. A metodologia usada aqui baseou-se na conformação de instrumentos de pesquisa validados por pareceristas técnicos de áreas como educação inclusiva e ciências ambientais, ao utilizar-se o método Delphi, para obter consenso dos roteiros dos questionários a serem usados para a coleta de dados. Os questionários fundamentaram-se na escala de Linkert de forma que fosse possível estruturar e organizar os dados buscando relações e padrões entre as respostas dadas em dois momentos: no pré-teste e no pós-teste, o que enquadra este estudo em um modelo quase experimental. Houve ainda a adoção de um grupo controle para que fosse possível esclarecer se a alteração, caso fosse encontrada, não passasse de um falso positivo, o que em estatística é considerado como “Erro do tipo I”. Os resultados demonstraram que a aplicação do jogo didático aliado à construção de saberes em sala de aula, levando em conta as discussões ampliadas pela vivência dos alunos, reconstroem os conceitos elaborados por eles. O jogo didático se mostrou como uma metodologia positiva por reelaborar nos alunos, ainda, as relações interpessoais. Ao passo que o processo de universalização se constitui num processo complexo de inclusão-exclusão, a autonomia do aluno com deficiência se torna mais premente e o processo de democratização social se constitui no primeiro passo, necessário, para a construção de uma democracia ambiental que questione as bases fundantes, inclusive, do próprio processo de inclusão-exclusão que ocorre na sociedade.

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