DETERMINANTES DA PRESENÇA E CONTINUIDADE DAS HORTAS ESCOLARES EM SÃO CARLOS – SP SEGUNDO DIRETORES E PROFESSORES MUNICIPAIS


 

Autor:

ALINE FABIANE DA SILVA

 

 

 

Orientador:

VÂNIA GALINDO MASSABNI

 

 

 

 

Palavras Chaves:

Formação de professores
Horta escolar
Prática pedagógica

 

 

 

Linha de Pesquisa:

Não informada

 

Projeto Estruturante:

Não informado

 

Instituição:

PROFCIAMB USP

 

Ano: 2020

Resumo:

 

Considerando-se que o trabalho com hortas escolares pode promover um potencial pedagógico, elabora-se este trabalho com o objetivo de investigar quais são os incidentes críticos que determinam a continuidade ou ruptura de hortas escolares na Rede Municipal de Ensino de São Carlos/SP. A análise centra-se nos incidentes críticos como determinantes da trajetória profissional, bem como esses contribuem para construção da identidade e mudança da prática docente. Dessa maneira, os participantes constituem em quarenta e sete diretores de escolas e seis professores que trabalham com hortas escolares e são bem-sucedidos em suas práticas pedagógicas. Para o desenvolvimento do estudo, realizaram-se as seguintes etapas 1) levantamento bibliográfico acerca de trabalhos que abordam hortas escolares; 2) questionário (questões abertas e fechadas) com a participação de diretores escolares; 3) identificação da rede de ensino quanto às hortas escolares; 4) coleta de dados a partir de narrativas escritas por professores; 5) análise dos dados; 6) elaboração e construção de uma cartilha como produto educacional. Salienta-se que a pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da USP/ESALQ e pela instituição Secretaria Municipal de Educação de São Carlos. Destarte, a análise centra-se no levantamento de dados por questionário, em todas as escolas municipais de São Carlos/SP, a fim de verificar quais escolas possuem hortas e o porquê as implementam, assim como as dificuldades e apoios para esta implementação, segundo os diretores. Das 46,15% das unidades indicadas como possuindo hortas, coletaram-se narrativas escritas de seis professores, nas quais foram analisados os determinantes que movem o professor a continuar ou encerrar o trabalho com hortas escolares. Notou-se que 82,5% dos respondentes (diretores de escolas) indicam que as hortas ocorrem por iniciativa de professores. São Carlos possui legislação que preconiza a implantação de hortas nas escolas e esta não foi mencionada como indutora deste processo nas narrativas. O principal determinante que motiva a construção de horta é percebê-la como um espaço educador relevante para engajamento dos alunos na aprendizagem e ter tido contato prévio, em geral na infância, com hortas ou outros cultivos. Os motivos pelos quais implementam a horta são pessoais (saberes, vivências e comprometimento). No entanto, os professores revelam dificuldades práticas para manuseio da horta e de articular ao currículo e conteúdos de sala de aula, na perspectiva interdisciplinar. A ruptura ocorre devido ao pouco apoio que recebem na escola e da comunidade, frente aos demais compromissos do professor com a sala de aula. O estudo revela que, apesar das dificuldades encontradas pelos professores na implantação do espaço educador de hortas escolares, os determinantes que o fazem dar continuidade são a experiência, os aspectos pedagógicos e prática docente e a maneira como superam barreiras. O uso das hortas como espaço educador contribui para a inovação pedagógica docente e há que se apoiar mais os professores para que as hortas possam, efetivamente, transformar o contexto escolar.

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