EDUCAÇÃO AMBIENTAL CRÍTICA E ENSINO CONTEXTUALIZADO: PROPOSIÇÕES DE ABORDAGENS


 

Autor:

JULIANA FIONDA CAMPOS

 

 

 

Orientador:

GILBERTO MARCOS DE MENDONÇA SANTOS

 

 

 

 

Palavras Chaves:

Ecologia Política

Educação Básica

Ensino Contextualizado

 

 

Linha de Pesquisa:

Ambiente e Sociedade

 

Projeto Estruturante:

Não informado

 

 

Instituição:

PROFCIAMB UEFS

 

Ano: 2019

Resumo:

 

A partir de alguns pressupostos da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para as Ciências Sociais Aplicadas, elaboramos uma abordagem didático-pedagógica ecopolítica e histórica. Produzimos uma estratégia de educação ambiental que propôs construir um entendimento sobre a contribuição que a ecologia política pode trazer para a formação crítica cidadã dentro da Educação Básica. A metodologia desenvolvida neste trabalho foi um estudo de caso etnográfico. A partir de encontros do tipo focal com alunos do ensino médio construímos nossas intervenções no formato de uma sequência didática, atuando em ambiente escolar e extra-escolar. A construção do percurso didático-pedagógico ecopolítico e histórico se amparou no ensino contextualizado. A Educação Ambiental Crítica, a Ecologia Política e a História nos deram o referencial teórico. Debatemos relações interclassistas, étnico-raciais e de gênero que se destacaram enquanto problemas sociais e socioambientais vividos pelos nossos sujeitos-atores. Construímos as intervenções em quatro etapas dentro de um ciclo dinâmico. Avaliamos o potencial dessa abordagem no Ensino Médio, fazendo uso de registros multivariados: em fotos, áudios, vídeos, escritos e observação participante. Pensar a história colonial dentro de uma perspectiva ecopolítica nos ajudou a visualizar as relações entre classe social, colonialidade do saber e do poder e apropriação e uso dos recursos naturais desde a formação inicial do nosso país. Refletir sobre o recurso natural petróleo permitiu a atualização das questões sobre a posse e usos dos recursos naturais tanto a nível local, quando global. Trazer os povos indígenas e africanos para o debate promoveu a oportunidade de dar vozes a sujeitos historicamente invisibilizados e excluídos das condições de poder na sociedade brasileira desde sua origem colonial. As ações mediadas durante as etapas da sequência didática foram significativas para os processos de aprendizagem. Pensamos que estas ações que foram possíveis de serem elaboradas com o amparo teórico-metodológico da Ecologia Política evidenciam as potencialidades deste campo de saber para a promoção de ações emancipatórias criadas no chão da escola e com o objetivo de promover a formação crítico-cidadã dos alunos da educação básica. Concluímos que a educação ambiental ao utilizar os princípios de uma abordagem crítica, poderá dar um passo importante para a formação de cidadãos conscientes que atuem de forma proativa para a construção de sociedades igualitárias.

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