Autor:

SANDRO AUGUSTO REGATIERI

Orientador:

PEDRO HENRIQUE COELHO RAPOZO

Coorientador:

KÁTIA VIANA CAVALCANTE

Palavras Chaves:

Educação amazônica

Governança socioambiental

Participação social

Capital Social

Gestão de territórios tradicionais

Linha de Pesquisa:

Ambiente e Sociedade

Projeto Estruturante:

Comunidade, saúde e ambiente

Instituição:

PROFCIAMB UFAM

Ano: 2021

Resumo:

Por anos a educação dedicada às populações ribeirinhas na região do Médio Solimões foi descontextualizada, relegando-a a uma situação de exclusão e distanciamento de possibilidade de participação coletiva na busca de incremento de renda e assim, possibilitando uma melhoria da qualidade de vida. O propósito desse trabalho é avaliar a participação do Centro Vocacional Tecnológico do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá na construção de processos mais inclusivos e participativos na gestão de organizações e empreendimentos de ordem comunitária. Através de uma metodologia participativa, com o uso de entrevistas e da observação participante, aliadas a ferramentas e procedimentos de análise de narrativas e texto, foi possível verificar entre os sujeitos da educação do CVT (docentes, discentes, técnicos, lideranças comunitárias de seis organizações coletivas da região) como o processo pedagógico do CVT/TSVA foi facilitando a dinâmica social de legitimação dos estudantes em suas organizações de base com vista a concorrerem a cargos eletivos e/ou funções de coordenação de alta hierarquia social em suas instituições coletivas. Essa legitimação é paulatina e depende de inúmeras variáveis, da participação social e como ela se qualifica na base. Também do interesse dos membros legítimos da organização de base em lidimar esse estudante em seu retorno, sendo construída uma base sólida de respeito mútuo para o fortalecimento social da mesma. Com mais da metade dos atores formados pelo CVT/TSVA assumindo cargos de coordenação e diretoria na região, verifica-se que o processo educativo facilitou o processo de construção e incremento de um capital social eficaz e com possibilidades de extravasar através das redes de relações e garantindo a governança socioambiental na região, dando autonomia e empoderamento aos atores sociais dos territórios partícipes da dinâmica regional.