JARDIM SENSORIAL COMO RECURSO PEDAGÓGICO NA APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS COM AUTISMO (TEA)


Autor:

VÂNIA LEMOS MATOZO DOS SANTOS

 

Orientador:

DANIELLE MARAFON

 

Palavras Chaves:

Educação Inclusiva

Autismo

Natureza

 

Linha de Pesquisa:

Não Informada

 

Projeto Estruturante:

Não Informado

 

Instituição:

PROFCIAMB UFPR

 

Ano: 2024

Resumo:

 

Levando em conta que a escola é um local que oferece várias experiências na construção da aprendizagem e no desenvolvimento da criança, ser um ambiente inclusivo é o seu papel fundamental. Com isso, ela deve oferecer espaços acessíveis, acolhedores e capazes de atender a diversas diferenças na aprendizagem. Ela também pode proporcionar outras possibilidades de ensino que vão além do acondicionamento da sala de aula através do espaço externo, que pode ser usado como dispositivo da inclusão e aproximação das crianças autistas com a natureza. A problemática desta pesquisa é desvelada em um contexto educacional centrado em acúmulo de conteúdos articulado à lógica do silenciamento e imobilidade dos corpos como sinônimo de aprendizagem. Isso faz com que crianças e adolescentes com deficiência e, em específico neste estudo sujeitos com TEA, experimentem a exclusão em espaços tidos como inclusivos. Perante esse contexto, as crianças autistas apresentam dificuldades em se beneficiar apenas do espaço da sala de aula, e por isso a pesquisa se propôs a compreender os benefícios na aprendizagem das crianças com autismo mediante os estímulos sensoriais oferecidos pelo Jardim Sensorial. Também o avaliamos como instrumento de inclusão educacional desses
alunos. Este estudo conversa com autores que apresentam a importância da criança manter contato com a natureza, como Louv (2016), e também com trabalhos de professores que ressignificaram os espaços externos à sala de aula como uma ferramenta de estímulo para a aprendizagem. Também foi debatido o aproveitamento do espaço externo nos momentos de recolhimento e aflição. A investigação adotou a pesquisa qualitativa através da abordagem participante, em razão da pesquisadora aparecer no processo de desenvolvimento da pesquisa com os pesquisados. O processo de construção do Jardim Sensorial foi pensado conjuntamente com os professores dos seis alunos autistas de uma escola municipal da cidade de Paranaguá como um espaço que venha trazer progresso na aprendizagem e na qualidade de vida desses educandos. Dentre as conclusões apresentadas através do grupo focal, destacou-se a interação dos autistas com a natureza como um fator preponderante para inseri-los numa proposta de educação inclusiva capaz de promover ações educacionais diversificadas, e a certeza de que todo o espaço escolar é passível de aprendizagem.

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