O ENCONTRO ENTRE A ESCOLA E A ALDEIA: UM PERCURSO INTERCULTURAL COLABORATIVO ENTRE DUAS EDUCADORAS SOB O OLHAR DAS CONCEPÇÕES DO SER INDÍGENA E DA SUA RELAÇÃO COM O MEIO AMBIENTE


Autor:

NAHYR CARNEIRO DA SILVA

 

 

 

Orientador:

ANA ELISA DE CASTRO FREITAS

 

 

 

Palavras Chaves:

Interculturalidade

Povos Indígenas

Educação Escolar Indígena

Educação Ambiental

Pesquisa Colaborativa

Lei 11.645/2008

 

 

Linha de Pesquisa:

Não Informado

 

Projeto Estruturante:

Não Informado

 

Instituição:

PROFCIAMB UFPR

 

Ano: 2020

Resumo:

 

As caminhadas desta pesquisa compuseram minha percepção ambiental e meu exercício educador. O interesse ancestral pelas culturas indígenas me inquieta e impulsiona numa eterna busca de mim mesma e de minhas raízes originárias. Compreendendo a complexidade e a espiritualidade como dimensões presentes nas concepções de natureza para os povos indígenas, e tomando em consideração a relação particular entre ambos, se estabelece uma crítica ao caminho trilhado por um modelo de desenvolvimento hegemônico que se impõe a qualquer custo, com perdas irreversíveis. Alternativamente, propõe-se um estreitamento das relações interculturais críticas como ponte entre os povos e seus ambientes, no intuito de construir um processo educativo genuíno que valorize o modo de ser dos povos indígenas e sensibilize o olhar ambiental nos processos educativos escolares. Em essência essa pesquisa adota a perspectiva de uma metodologia colaborativa, desenvolvida por meio do diálogo entre duas educadoras, uma guarani M’byá e outra não indígena, que juntas avaliam e planejam práticas pedagógicas interculturais para a abordagem da temática indígena na escola, motivadas pelo objetivo de superar a defasagem no trato da Lei 11.645 – da obrigatoriedade do ensino de “História e cultura afro-brasileira e indígena”, e ampliar os horizontes das crianças e jovens sobre a vida dos povos indígenas. Prioriza a abordagem ambiental das questões indígenas na escola e em trabalhos acadêmicos. O trabalho revelou a importância de elevar-se o nível crítico-político na aplicação da respectiva normativa nas escolas a fim de superar a visão folclorizada acerca dos povos indígenas e apontou o trabalho colaborativo intercultural como um horizonte possível e valioso para esse aprofundamento. Ao final, propõe-se uma prática pedagógica destinada a educadores, indígenas e não indígenas, como inspiração para ações futuras.

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