O ESSENCIAL (IN)VISÍVEL: AGRICULTURA FAMILIAR (RE)EXISTENTE DA CHAPADA DIAMANTINA, BAHIA, BRASIL


 

Autor:

JULIANA FIONDA CAMPOS

 

 

 

Orientador:

WASHINGTON DE JESUS SANT’ANNA DA FRANCA ROCHA

 

Coorientador:

GISLENE MOREIRA GOMES

 

 

 

Palavras Chaves:

Agroecologia

Educação Ambiental Crítica

Desenvolvimento Rural Sustentável

 

 

Linha de Pesquisa:

Ambiente e Sociedade

 

Projeto Estruturante:

Não informado

 

 

Instituição:

PROFCIAMB UEFS

 

Ano: 2022

Resumo:

 

A pesquisa objetivou analisar as características socioeconômicas da agricultura familiar no território Chapada Diamantina, Bahia. A partir desse diagnóstico foi possível apresentar umaferramenta político-pedagógica voltada à educação ambiental crítica. Trata-se de uma pesquisa exploratória com abordagem quantitativa-qualitativa. O percurso metodológico adotado possui quatro principais fases, a saber, 1)exploratória, 2)diagnóstico, 3)mobilidade acadêmica e 4)pesquisa-ação. Na fase 1, exploratória, realizou-se uma pesquisa bibliográfica e documental a fim de caracterizar o território Chapada Diamantina, e compreender a agricultura familiar na história enquanto grupo social, em particular no Brasil. Constatou-se que os agricultores familiares foram historicamente marginalizados, desconsiderados como agentes culturais, detentores de saberes e práticas sustentáveis. Entretanto, estes sujeitos foram protagonistas de muitas lutas pelos seus direitos. Na fase 2, diagnóstico, analisou-se os dados do último Censo Agropecuário (IBGE, 2017) a fim de traçar o perfil socioeconômico da agricultura familiar na Chapada Diamantina. O resultado da pesquisa mostrou que, atualmente, a agricultura familiar é insustentável, pois seu potencial produtivo e reprodutivo é limitado pelo acesso precário à terra, água, educação, assistência técnica, infraestrutura, tecnologias, etc. Neste contexto, a implementação de políticas públicas voltadas ao fortalecimento da agricultura familiar local é essencial para combater a pobreza, evitar o êxodo rural e promover o desenvolvimento rural sustentável. Já na fase 3, realizou-se a mobilidade acadêmica na região da Toscana, Itália, a fim de conhecer e estudar as experiências e alternativas desenvolvidas na região voltadas à agricultura familiar. Dentre as experiências bem sucedidas na zona rural da Toscana, e que poderiam ser adotadas pela agricultura familiar da Chapada Diamantina, destacamos o agriturismo como atividade econômica, uma vez que o território Chapada Diamantina é essencialmente rural e possui uma forte e consolidada vocação para o turismo. Por fim, na fase 4, pesquisa-ação, desenvolveu-se uma ferramenta para promover a educação ambiental crítica, colaborando para a transformação social do território. Construiu-se o projeto colaborativo
intitulado Chapada Agroecológica, que fundamenta-se na educomunicação como arcabouço metodológico. O website foi concebido estrategicamente em colaboração com jovens de origem de área rural, constituindo um locus de pesquisa e de experimentação de atividades educomunicativas, de modo a instituir um espaço de informação, comunicação e reflexão sobre a agricultura familiar local, na perspectiva da agroecologia. O conteúdo é composto pela produção de um blog, do Bocapiu – o programa da agricultura familiar e de uma feira virtual. Constatou-se que a educomunicação socioambiental é viável como uma metodologia de ensino para o aprofundamento da educação ambiental crítica, uma vez que não desvincula a teoria da prática, fomentando reflexões sobre as contradições socioambientais do território.

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