O LUGAR DE FALA DOS CATADORES E CATADORAS DE MANGABA DO BAIRRO SANTA MARIA: A LUTA PELO TERRITÓRIO DA CATA DA MANGABA EM ARACAJU/SE


 

 

Autor:

MÔNICA DE FARIAS BISPO FONSECA

 

 

 

Orientador:

ALBERLENE RIBEIRO DE OLIVEIRA

 

Coorientador: ROSANA DE OLIVEIRA SANTOS BATISTA

 

 

 

Palavras Chaves:

Catadora(es) de mangaba

Espaços urbanos

Extrativismo vegetal

Território de vida

Sustentabilidade

 

 

Linha de Pesquisa:

Ambiente e Sociedade

 

 

Projeto Estruturante:

Não informado

 

Instituição:

PROFCIAMB UFS

 

Ano: 2022

Resumo:

 

A problemática socioambiental é consequência da relação que o ser humano estabelece com a natureza e com a sociedade. As relações de poder que circundam a relação sociedade-natureza trazem consigo a degradação do meio ambiente disfarçada como desenvolvimento. Dessa forma, a crise socioambiental é refletida em todos os ambientes sociais, afetando principalmente as populações mais pobres. Portanto, também é uma crise política, econômica, cultural e, principalmente, do conhecimento. A presente pesquisa aborda a luta dos catadores(as) de mangaba da Associação de Catadoras e Catadores de mangaba Padre Luiz Lemper em defesa de seus territórios e de seus direitos sociais. Neste contexto, tem como objetivo geral analisar os processos de luta pelo território da cata da mangaba e o lugar de fala das catadoras e dos catadores de mangaba do bairro Santa Maria em Aracaju/SE. A pesquisa apresenta uma abordagem qualitativa, estruturada sob o Método da Dialética Freireana, pois este traz um histórico de resistência ativa das classes oprimidas ao reivindicarem por meio da ação, da reflexão e do diálogo seu lugar no mundo. Os procedimentos metodológicos estão embasados nas práticas das metodologias ativas a partir do Arco de Maguerez, trazendo também a pesquisa bibliográfica, pesquisa documental e pesquisa de campo. Deste modo, os resultados revelaram que as lutas sempre estiveram presentes durante todo o processo de apropriação territorial dos catadores de mangaba, trazendo o trabalho, as territorialidades e a construção das identidades territoriais como principais mecanismos de apropriação de um território de vida. Através da apreensão das narrativas dos(as) catadores(as), foi possível a compreensão de suas existências e resistências dentro desse território ao longo dos anos. A discussão de conceitos como os de território, territorialidades e lugar de fala dos Povos e Comunidades Tradicionais contribuiu para a melhor compreensão de todas as relações de Poder e poder que circundam o território. Nesta perspectiva, o lugar de fala dos catadores de mangaba torna-se um importante mecanismo de resistência e de luta da categoria para a obtenção de seus direitos sociais e para a conservação de seus territórios e modos de vida. Assim, necessita ser ampliado para que suas vozes ecoem nos diversos ambientes sociais e continuem atuando como promotoras da sustentabilidade ambiental.

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