O OLHAR DA CRIANÇA SOBRE O ESPAÇO SOCIOAMBIENTAL DA ILHA DOS VALADARES


Autor:

PAULA DA SILVA INÁCIO PEREIRA

 

Orientador:

MAURÍCIO CÉSAR VITÓRIA FAGUNDES

 

Palavras Chaves:

Protagonismo Infantil

Interdisciplinaridade

Teoria e Prática

Educação Libertadora

Educação Popular

 

Linha de Pesquisa:

Ambiente e Sociedade

 

Projeto Estruturante:

Não Informado

 

Instituição:

PROFCIAMB UFPR

 

Ano: 2018

Resumo:

 

A trajetória desta pesquisa foi marcada pelo processo de imersão na Ilha dos Valadares e pelas ações realizadas por três alunas do Programa de Pós Graduação em Mestrado Profissional que ao longo de quatorze meses definiram coletivamente um projeto a ser desenvolvido sobre a Ilha dos Valadares e traçando ações conjuntas, porém com sujeitos e técnicas de análises diferenciadas. Na busca pela compreensão como as crianças e suas famílias percebem o seu entorno e como desejariam que este espaço fosse. Objetivando problematizar com as crianças nos espaços formais e não formais de educação da Ilha dos Valadares, suas percepções sobre o ambiente e os possíveis movimentos decorrentes dessa percepção, na direção do que desejariam como realidade. A fundamentação teórica buscou contextualizar a Educação Ambiental como política educacional, as legislações, os conceitos da pedagogia de Paulo Freire, a educação popular numa relação dialógica, a linha que defende o desenvolvimento infantil a partir da dimensão biológica e cultural e o direito da criança interagir com os elementos da natureza. Os caminhos traçados para a metodologia são pautados na pesquisa participante, de base qualitativa, exploratória e com princípios etnográficos na inserção na comunidade, utilizando as técnicas da observação livre e participante com registros em diário de bordo, entrevistas semiestruturadas e grupo de discussão para levantamento das informações. As informações culminaram em dois artigos científicos, o primeiro artigo apresenta o início da pesquisa e do envolvimento na comunidade, pela abordagem metodológica a partir da etnografia, diagnosticando as demandas ambientais e expressões culturais pelo processo de formação permanente com os profissionais da educação da Ilha e decorrente do diálogo com as crianças, culminando com a realização de uma exposição em praça pública. No espaço não formal, através de oficinas na Associação de Moradores da Ilha dos Valadares. O segundo artigo descreve a abordagem metodológica a partir da pesquisa participante com as crianças, na ampliação dessas percepções, foram chamados ao diálogo os familiares e gestores municipais. Finaliza esta pesquisa reafirmando o compromisso com uma ciência crítica sobre a realidade, como possibilidade de se constituir instrumento e/ou suporte para as transformações e as mudanças a partir das crianças, das suas percepções e da capacidade de sensibilizar um adulto quando consegue demonstrar sua convicção a partir de suas aprendizagens e argumentos derivados destas. O processo resultou em quatro produtos: formação permanente com professores da ilha, seguida com a inserção dos agentes de saúde, a cartografia social, o esboço de um livro/informativo sobre o saneamento básico no local e a carta manifesta construída pelas crianças.

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