REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ESTUDANTES DE UM CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM, NO SUL DO BRASIL, SOBRE MORCEGOS


Autor:

CLÁUDIA CAVALCANTE

 

 

Orientador:

HENRIQUE ORTÊNCIO FILHO

 

 

Palavras Chaves:

Chiroptera

Educação Ambiental

Popularização da ciência

Etnozoologia

Ensino de Ciências Ambientais

 

Linha de Pesquisa:

Não Informada

 

Projeto Estruturante:

Não Informado

 

Instituição:

PROFCIAMB UEM

 

Ano: 2022

Resumo:

 

Os morcegos são essenciais à manutenção e à conservação ambiental, uma vez que dispersam sementes, polinizam flores, controlam populações de insetos e de outros animais, entre outras funções ecológicas. Esses animais, devido à associação com mitos e lendas, aliada à falta de informação das pessoas, sofrem perseguição, preconceito e morte. Reconhecendo a importância desses mamíferos, em um contexto relacionado aos conceitos errôneos arraigados na sociedade, o presente estudo teve como objetivo reconhecer as Representações Sociais (RS) de estudantes de um curso técnico em enfermagem no noroeste do Paraná, sul do Brasil sobre os morcegos e, a partir das informações obtidas, produzir o Guia de convivência entre pessoas e morcegos, o qual foi aplicado em oficina pedagógica de formação ao discentes, com foco em informações sobre os morcegos em um contexto ambiental e de saúde. A coleta de informações foi realizada de fevereiro a junho de 2021, com 32 participantes de faixa etária entre 20 e 50 anos. A técnica utilizada foi a evocação livre de palavras com atribuição do grau de importância, o que possibilitou a análise por meio do diagrama de Vergès. Foram evocadas 160 palavras, classificadas em 16 grupos semânticos, com média das ordens médias de evocação (OME) igual a 3,38 e média de frequência (F) de 9,56. O núcleo central foi estruturado por quatro grupos semânticos, representados, no primeiro quadrante, o “medo”, no qual os participantes se referiram aos morcegos como assustadores. O termo “sangue” destacou-se entre as evocações e retratou a hematofagia. Quando relacionados à saúde, a palavra “doença” foi mencionada em maior número, destacando a associação desses animais à transmissão de doenças, e o termo “nojo” foi justificado com a expressão “nojo das sujeiras que ele faz”. No segundo quadrante, o elemento intermediário foi representado pela evocação “noite”, já no terceiro quadrante, pelos termos “mamíferos, frutas, mal aspecto, animal e caverna”. Os elementos periféricos apresentados no quarto quadrante foram os grupos: “natureza, mitos e lendas, asa, mordida, praga e a treva”. Assim, demostrou-se a necessidade de ações contínuas de divulgação científica de forma clara e acessível, de modo a possibilitar a compreensão e a sensibilização das pessoas sobre os morcegos e melhor integrar os conhecimentos sobre a participação desses animais à manutenção e à conservação ambiental e suprimir o temor, fruto da falta de informação.

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